O artista Taryn Simon, em colaboração com OMA/Shohei Shigematsu, projetou a instalação An Occupation of Loss, uma obra de performance coreografada em torno de um cenário monumental construído pelo OMA que consistem em 11 poços de concreto. Localizado no Wade Thompson Drill Hall, na Park Avenue Armory, em Londres, a obra destaca "a anatomia da aflição e os intrincados sistemas que derivam da nossa relação com a irracionalidade do universo."
Projetados pela sede do OMA em Nova Iorque, os 11 poços de concreto, cada um medindo 13,5 metros de altura, serão ativados todas as noites pela presença de 30 carpideiras de diferentes partes do mundo. Os poços foram construídos a partir de oito anéis de concreto empilhados e podem ser facilmente desmontados e transportados para outras localidades.
"Como torres zoroastrianas de silêncio, a instalação torna explícita a contínua necessidade humana de dar uma estrutura para a morte a fim de compreendê-la", explicam os arquitetos.
"O projeto tem uma motivação sonora e foca no ato performático da perda, em vez de sua manifestação física, que tem sido historicamente marcada por diversas escalas - de lápides ao World Trade Center Memorial,” comentou Shohei Shigematsu.
Cada torre proporciona um espaço para o ritual da lamentação, enfatizado pela "presença e ausência coletiva e movimento do público na instalação."
As performances serão, inevitavelmente, únicas, já que a interação entre as carpideiras e o público criará reações e movimentos únicos.
"O status profissional dessas carpideiras - apresentando-se longe de seus contextos usuais - sublinha a tensão entre emoção autêntica e ensaiada, entre espontaneidade e roteiro", acrescentou Shigematsu.
An Occupation of Loss permaneceu em cartaz de 13 a 25 de setembro. No próximo ano, a instalação será remontada em Artangel, Londres.
Leia a crítica do New York Times sobre a instalação, aqui.
Via OMA.